I've got sunshine ...

Era... um dia aí. O tempo, a data, a hora não importava. Quando a eternidade é o limite esses pequenos detalhes cronológicos se tornam apenas perda de tempo. Tempo. 1 mês. 30 dias. Pouco ? Eis aí mais um momento onde o Deus Cronos simplesmente foi apagado do panteão divino dos gregos. Rebatizemos essa passagem de tempo/espaço/ordem de reinicio de ciclo. E não chovia. Não que fizesse diferença, mas a chuva havia se tornado uma tradição dos encontros daqueles dois enamorados. Uma vez um deles disse que seus olhares trocados/cruzados/entrelaçados eram capazes de alterar a ordem do ciclo de H2O. Verdade ? Hipérbole talvez. O que importava era... eles.Eles que haviam se tornado um só. Como num vudú traçado pelo destino sentiam exatamente tudo o que o outro sentia. E queria. E não queria. ãhn ? Amor é assim, incompreensível, baby. E porque você me ama ? Perguntava com frequencia uma das partes desse romance. E de fato não sabiam. E refletiam/discutiam/planejavam o futuro/passado/presente diante do espelho, à espera de... só eles sabiam. Só eles (se) entendiam. Almas apaixonadas criam seus próprios enigmas, segredos e códigos. E ele gostava de Almodóvar. E o outro ele não via filme legendado. Eles? Homens? Sui generis, sempre, como devia ser. Diziam fazer o casal mais perfeito da face da Terra. E talvez façam mesmo. Hipérboles a parte, eram felizes. E seriam felizes. Para sempre. E nem sempre o para sempre acaba. Porque essa coisa suja, pura e avassaladora chamada amor já fazia parte deles, assim como um fazia parte do outro. Fim ?

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